Olá Meninas!
Acho que todas já ouviram falar no outubro rosa ou já foram contagiadas pela onda de fitas rosas, camisetas, etc. Toda essa ação simbólica tem um objetivo final que originalmente seria a prevenção do câncer de mama. Acho interessante a proposta dessa sensibilização toda sobre o sofrimento que pode gerar um diagnóstico e tratamento para o câncer. Quem de nós não conhece alguém que já sofreu com esse diagnóstico? Além de querermos dar apoio a essas pessoas que amamos – mães, tias, primas, amiga, vizinhas, também nos preocupamos conosco. Nesse impeto de sentimentos vestimos a camisa das campanhas de prevenção.
Quando falamos em prevenção, no entanto, não podemos resumir as ações apenas em pedir exames de rastreio independente de idade, fator de risco, etc. Mas porque não fazer mamografia em todo mundo? se ela é capaz de fazer o diagnóstico do câncer de mama em estágios precoces, antes de ter qualquer sinal ou sintoma clínico?
A mamografia, assim como quase toda intervenção médica não é livre de efeitos colaterais! As preocupações com o uso indiscriminado desse recurso incluem:
- ”Diagnósticos aumentado” de câncer de mama levando a tratamentos desnecessários (diagnóstico de câncer de mama que nunca chegaria a ser um risco à saúde da mulher). Essas mulheres serão tratadas para o câncer com radio\ quimioterapia, cirurgias que podem trazer uma série de problemas físicos e psíquicos e de imagem pessoal sem que isso fosse necessário. Nessas mulheres o rastreio faz muito mais dano do que prevenção.
- Mamografias falso-positivas que levam a novas investigações desnecessária (gerando sofrimento nas mulheres rastreadas).
- Falsos negativos e diagnóstico incorreto e incerto. (mulheres novas tem a mama mais densa, o que diminui a utilidade da mamografia e faz com que tenha que ser solicitado outro exame de complementação)
- Dor e desconforto devido à mamografia.
- Aflição psicológica (resultados inconclusivos que levam a mais investigações diagnósticas desnecessárias e que gera preocupação importante na vida da mulher podendo diminuir a qualidade de vida das mesmas mulheres por aumentar ansiedade ou mesmo induzir estados depressivos)
- Exposição à radiação, o que pode aumentar o risco de câncer de mama -Isso é muito sério! No desespero de querer fazer exames periódicos para “prevenir” o aparecimento de câncer podemos estar aumentando nosso risco de desenvolver o mesmo câncer!Além disso, a mamografia, apesar de reduzir um pouco a mortalidade por câncer de mama, não diminui a mortalidade geral – as mulheres ainda vão morrer por outra coisa.Qual é o impacto disso na saúde das mulheres? Se 2000 mulheres que receberemmamografia de rotina por 10 anos, 1 vai ter sua vida prolongada, 10 serão submetidas ao tratamento (quimioterapia\ retirada total ou parcial da mama\ radioterapia) sem benefício para sua saúde ou sobrevida e mais de 200 mulheres sofrerão com um impacto emocional durante o rastreio e mesmo após devido ao próprio exame, investigação e diagnóstico.Então quer dizer que o rastreio não serve para nenhuma mulher e só faz mal? Também não é bem assim! O rastreio tem benefício em reduzir a mortalidade e aumentar a chance da mulher ter um tratamento menos radical, pelo diagnóstico precoce, se ela fizer parte de alguns grupos de risco. São eles:
- Mulheres entre 50 e 70 anos (recomendado repetir o exame de rotina a cada 3 anos)
- Mulheres com uma história familiar muito forte para câncer de mama podem ser rastreadas antes de 47 anos, mas os casos devem ser individualizados com seus médicos!
- Mulheres com algum sintoma preocupante (nódulos, retrações, alterações da coloração da pele e textura, secreção mamilar) também devem procurar seus médicos (mamografia diagnóstica e não mais de rastreio).
Vamos apoiar esta Campanha!!!! Conto com vocês!!!! Um super beijo!!!!!!!!
OBS: IMAGENS DA WEB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário